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Âncora 1

 A arte do picadeiro

O circo possui facetas variadas para cada um que o assiste.  Para as pessoas, ele continua sendo um espaço de diversão debaixo de uma lona, onde há várias performances de palhaço e de domador de leão. Para quem estuda e pratica, a arte circense se tornou em algo bem diferente. Hoje em dia, o circo pode ser atividade física, realizado em diferentes lugares e com o material que tiver em mãos. O que nunca muda é o amor que o artista se dedica ao trabalhar.

 

Desse modo, a reportagem a seguir será dedicada a mostrar um espelho das pessoas, e amantes da arte circense, que, em Juiz de Fora, dedicam tempo e força de vontade para estarem sempre atuando. Mas quem lhes apresenta a matéria a partir daqui é a palhaça Maria Antonieta. Então acomode-se e apreciem.

O Circo

O que é o circo?

 

Como podemos defini-lo atualmente?

E antigamente?

Alôôô! Pra mim, em algumas palavras o circo se resume em cores, risos, pipocas e várias pessoas reunidas. Ou poderia ser expressado em apenas alguns sentimentos: alegria, surpresa e nostalgia.  Quem já foi a espetáculos com certeza sabe como é. No meu caso, eu sou parte do espetáculo. Que indelicadeza a minha de não me apresentar: muito prazer, sou a palhaça Maria Antonieta.

 

Fui  ao circo uma vez quando era bem pequena, e as cenas que tenho na memória são poucas, mas muito marcantes meeesmo.

Quem não gosta do circo que me perdoe, porque eu amo. Deste modo, porque não falar dele em especial?  Um espaço que possui várias facetas e a cada época se moderniza. O circo no latim circus significa “circunferência” e faz referência ao local onde acontecem os espetáculos de malabarismo, acrobacia, monociclo, contorcionismo, equilibrismo, ilusionismo, entre outros.  

 

Além dessas performances, claro que não poderíamos esquecer do artista, talvez, mais simbólico do circo: o palhaço. Preparem-se porque daqui pra frente são só inspirações e pessoas maravilhosas que vocês já deviam ter conhecido. Mas não tem problema, eu os apresento.

Maria Antonieta

A Arte do Palhaço

Eu me 

Eu me incluo

O circo não se resume ao palhaço, mas esta talvez seja uma das artes mais apreciadas pelo público. O artista, para estudar o palhaço, precisa se integrar e, principalmente, não pode se permitir ter medo do ridículo. Ele erra mesmo! Mas ri dele mesmo como uma forma de aceitação. Ou seja, ele aceita quem ele é e está bem com isso.

 

Vários artistas em Juiz de Fora estudam o circo a partir do seu interesse pelo palhaço, como é o caso da trupe Grão de Circo. O grupo é formado por Bárbara Vieira, estudante de Artes e Design da UFJF, Paula Rocha, psicóloga, e Lucas Figueiredo, bacharel em ciências humanas.

O Grão de Circo

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Botina, Garnizé e Paveta

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Palhaça e artista da Trupe Meleka de Jaceré, Ursula Brando, atualmente, é professora em uma escola de Juiz de Fora, mas seu passado permite dizer que ela possui uma grande trajetória pelo mundo artístico do circo. Fez parte da  Intrépida Trupe e depois da Escola Nacional de Circo no Rio de Janeira.

Antes mesmo de se formar em artes cênicas pela Casa de Artes de Laranjeiras e pela UniRio, Ursula já tinha tido contato com o circo em 2000. Quatro anos depois, ela se reencontrou com a arte circense quando vivenciou o teatro de rua. “A arte do palhaço foi a que mais me encantou e até hoje me especializo nela, porém, fiz aéreos e acrobacias também como especialização.”

“O Circo hoje está com uma linguagem diferenciada, muito por causa da entrada do circo  europeu, trazendo o espetáculo de tecnologias que atrai cada vez mais um público com sede de novas peripécias, fazendo assim a arte ser experienciada por todas as idades. Há muitos cursos de circo, muitas atividades em academias e escolas.”

Ursula Brando

Nova linguagem do circo

“Na verdade o circo tradicional é uma cultura que está diminuindo, só quem se sustenta são os grandes circos. Sou muito grata a eles, e temos que continuar essa reverência. Os objetivos são diferentes, mas tento trabalhar com espírito semelhante.”

 

Débora Lisboa não é só mais uma artista de Juiz de Fora. Quam a conhece, sabe que foi uma das pioneiras a trazer o circo como uma nova forma de fazer exercício. Mas essa ideia não é recente para ela - que sempre sonhou com a relação da atividade física e a expressão artística do circo.

Formada em educação física em Juiz de Fora, desde 2009,  ela buscou uma formação no circo em Belo Horizonte. “Comecei a implantar essa ideia do circo que eu já sonhava em BH, dentro de alguns espaços, assim como é o Amplitud hoje.”

 

A artista, palhaça e uma das criadoras do espaço Amplitud, conta que na escola existe o trabalho de quatro elementos: o malabarismo, o equilibrismo, a acrobacia de solo base e as acrobacias aéreas.

 

“Eu divido dessa forma e também tento trabalhar um pouco de teatralidade e a cena. É uma atividade física, mas também é uma arte cênica.” acrescenta Debora.

Débora Lisboa

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Uma breve história

sobre o circo

O circo tradicional sofreu várias transformações até se tornar no que ele é atualmente. As histórias se dão desde a Antiguidade. Na China havia contorcionistas e equilibristas que se apresentavam para a monarquia. No Império Romano também existiram artistas circenses que se apresentavam em arenas. O Circus Maximus, por exemplo, foi uma arena criada na época do imperador Júlio César  com o objetivo de entreter a massa com espetáculos organizados pelas autoridades. Essas festividades eram cheias de atrações, de jogos e lutas medievais. Ademais, praticamente todas as civilizações praticavam a arte circense voltada para o espetáculo itinerante, ou seja, mambembe.


Contudo foi no século XIII, na Inglaterra, que surgiu  o circo moderno como conhecemos hoje. Sistematizado pelo inglês Philip Astley , o circo se transformou em “um show de variedades assistido por um público pagante”. Essa forma de apresentação acompanhada por música durante os espetáculos e diversos números de performáticos fez tanto sucesso que se espalhou pela França no período anterior à Revolução Francesa. Em seguida, atravessou o Oceano Atlântico e se fixou nos Estados Unidos pelo equilibrista britânico Thomas Taplin Cooke. Posteriormente, chegou nos Brasil através, principalmente, dos ciganos.

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