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Enquanto

Por Armando Júnior

o

mundo

dorme

Âncora 1
Âncora 2
Âncora 3
Âncora 4
Âncora 5

Patrícia da Silva Mamedes,

Dona de casa dedicada aos dois filhos, Pedro Henrique e Camila, e ao marido, Cleverson. Há duas décadas passou a se dividir entre o trabalho como balconista em uma fábrica de quadros e a família, mas nunca se rendeu ao peso da dupla jornada, tampouco aos 46 anos de idade. Praticava regularmente atividades físicas, longe dos vícios e baseada numa alimentação saudável. Mantinha os exames em dia desde que passou por uma histerectomia, em 2010, recordação que vem sem qualquer receio. Sem sintomas aparentes e bem longe da expectativa pelo modo de vida que levava, seus seios tingiram a água de sangue. Durante uma aula de natação, o corpo acendeu o alerta: “Não estava tudo bem”.

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Depois de alguns exames e consultas sem respostas, o diagnóstico que nenhuma mulher gostaria de ter: neoplasia mamária. Patrícia foi uma das 49 mil mulheres diagnosticadas com câncer de mama no ano de 2010 no Brasil. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) (Link 1) apontaram que, naquele ano, uma em cada duas mil mulheres seriam diagnosticadas com a doença.

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Contrariando ordens médicas de ser internada naquela sexta-feira, Patrícia voltou pra casa com uma certeza: tenho que deixar tudo organizado. O espírito materno comum a muitas mulheres fez com que nesse momento, assim como durante a vida, priorizasse os afazeres de casa e do trabalho à saúde. “Era assim que eu pensava. Colocava tudo em primeiro lugar.”

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